Tuesday, December 19, 2006

(19)

I - A loucura das multidões II


(Sob o céu enevoado caem as regras do mundo. Metafísico acontece, químico não existe, teorias sobre teorias que me cansam ao olhar. Ligue os pontos todos brincam, com uma caneta sem tinta adivinham o desenho, que sua cabeça imaginam. Não não minha amiga, você acertou poucas questões. A tua luz não mais agiganta, mas ainda sim a do sol. Nunca deseje se vingar... Nunca penda para um lado... São poucas emoções que as entende quem lê, mas ninguém lê. Logo, ninguém as entende.)
O título deveria iniciar a partir do último momento, que foi o texto do ano passado (palavras desconexas por puro sentido vital). Logo serão trocados os titulos, e essa loucura das multidões acarretará no seu contraposto realidade utópica. São todos... coisas.
Gritem, gritem

II

Novamente, 19. O que poderia eu fazer? As rédeas caem. Perco o controle da situação.

Há tanto tempo eu não o possuo.

Ah, a dor. Lateja há muito, reverberante dentro do meu ser. Me pergunto o que eu deveria fazer. O maior problema de um problema é quando ele tem solução. Porque, se ele não tem, ele não é um problema.

III


Na simples calma queimamente
Dum trago calmante
Queima a alma calmamente
Queima a dor sentida ante
No avio silencioso
Não mais dor, morra perante
Feitas no amor ocioso
Revelações queimantes

Queimantemente frio
O suficiente para cair
Em brasa e morrer de dor
No sangue um navio
Latente meu ardor
Não aguento mais ir
E cair no teu arpão
Destruo com um silvo
Toda a embarcação

Ferido me afogando
No último mar de lava se esfriando
Enregelando a queima forte dentro de mim
Eu não quero andar, nem sair
Porque eu não posso, porque dói
Porque isso é o que eu posso aguentar

A ira de deus sobre mim.
A ira do inferno abaixo
Aqui estou eu
Me enfrentem
Sem medo de morrer
Já estou morto

(26/09/2006)

IV

A história dita as regras. São cinco, 19 vezes. Crendo que eu poderia mudar qualquer coisa, fui em frente. Me enganei, me enganei.
Primeiro você assalta a valsa. Depois, você a dança. E por fim, é vaiado ou aplaudido. Não que isso signifique que alguém na platéia entenda qualquer coisa sobre sua dança.

V

"E é por isso que nós enfrentaremos o tempo... Porque sempre que um estiver em uma gaiola, o destino do outro estará traçado."
(O homem, para Júlia.)

A criança cresce, os velhos morrem
A criança vai morrer
Porque tudo que vive nasceu pra morrer
A lei da natureza
O mais forte vai sobreviver
O fraco deve morrer

1 comment:

Anonymous said...

Viagens meu caro amigo, muitas viagens. São puros sonhos ou seus escritos são traços de sua realidade? Não responda, dúvidas assim são deixadas no ar, pois essas enfatizam a imaginação de quem os lê...