Friday, March 21, 2008

A Maratona de Ficar Parado VIII

Uma vez caminhando sobre a rocha, disse ele que queria voar
Sobre as nuvens sem chuva, sem sol e sem ar
Num infinito que somente olhos poderiam ver
E nenhum homem poderia entender
Ele veio a mim e disse que estava cansado
E seus próprios pés atados
Eu não entendi e disse-lhe
'Veja bem, meu caro
Como um que é raro
Digo-lhe que falho e ganho
Todas as vezes que falho
Que entender não é o caminho muitas vezes
E que indicar caminhos não é minha tarefa
Nem entender o que muitas vezes
Não mostra caminho nenhum
Olha para os meus olhos, admirável homem novo
E vê neles uma chama
Que como eu
Como você
E como ele
Nunca entenderemos"

A maratona de ficar parado.

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