Silêncio e solidão

De cada violento espasmo de mais um que morre sufocado

Agora morro eu

De tristeza e solidão e a amargura do fim de ano

E da tristeza de estar só mais uma vez

De sentir que eu sou útil, e apenas útil

E apenas desejavel quando parte de uma forma

Da qual eu incessantemente me esforço a fazer parte

Mas que nunca se encaixa sem pranto

De violenta dor que me isola e queima

Que deixa de lado minha família, meus amigos,

Que me deixa só com a minha obrigação

E a obrigação só me deixa

Soother Smother

Eu fico em silêncio

Toda vez que sufoco a largueza

Silenciosamente

Decorosa e desdemonstrando contrição

Eu fico em trilobítios

Quando cenas correm na minha frente

Delongantemente

De lógica torta e indecorosa na mente

Trisilenciosamente

Integralmente

De som roxo e de imagens barulhentas

Como água

Enlutado se o sufoco é da luta

Lutando se o soco é enlutado

Triintegralmente um arco-íris de gostos cinzas

Como água

Diligentemente seguindo

Repetido é bastante novo

Como água e água

E povo e povo

Apertos mais intensos

Como a luz do globo lá fora

E o livro que estou lendo

Há mais de uma hora

E se eu deixasse escapar?

Mas e o sol do meu coração?

E os sons da minha viola?

E os sonhos da minha gaita?

Diligentemente seguindo

Repetitivo é bastante novo

Como baixo e gaita

Como sol e povo

Como estão os trilobítios

E as cenas de um sonho

E as imagens de alegria

Abrandando o torso

Preste atenção agora

Agora

Silenciosamente agora os últimos espasmos

Uma tentativa final de um último suspiro

A força lentamente se esvaindo do corpo

Com o rosto explodindo

Em emoções aristocraticamente emocionadas