Sunday, January 29, 2006

Será?

(O mundo vai acabar
Eu sinto, eu sinto que não há lugar
Onde eu irei me esconder?
Para onde fugir eu hei?
Tudo está girando, e
Ninguém há de perceber
Tudo ou nada, vê)

Talvez eu tenha percebido
Que nenhuma pena voa pra sempre
Talvez tenha sido instinto
Que o vento nunca mais me lembre
De que o leve voa
Mas o pesado coração ressôa
Mas nada passa no véu cristalino d'água
Além da visão

(Invernos e primaveras iguais
Apenas outra manhã.
Quem sabe do que acontecerá no crepúsculo)

Talvez eu tenha esquecido
Talvez tenha sido uma mente
Na memória escondido
Destruindo minha frente
Que eu quis chorar, eu digo
Que não há dor nascente
Mas que tudo vem do umbigo
Do nascimento crescente


Invernos e primaveras iguais
Apenas outra manhã.
Quem sabe do que acontecerá no crepúsculo
As estrelas cairão
As estrelas cairão
As estrelas cairão.

(As estrelas cairão
As estrelas cairão
As estrelas cairão.)

(As estrelas cairão
As estrelas cairão
As estrelas cairão.)

(As estrelas cairão
As estrelas cairão
As estrelas cairão?????????????????)

1 comment:

Anonymous said...

Quem sabe do que acontecerá no crepúsculo
As estrelas cairão
etc
etc.

Mas há tantas, tantas estrelas nesse alto céu, olha para cima. Não poderão cair todas, poderão? São tantas.
A pena não voa para sempre, mas o vento lembra que ela voa outra vez seu vôo breve.
O mundo não acaba.

Atenta para as flores, observador de estrelas. O inverno acabou.